• Avaliação Viva o Cinema:

Um faroeste moderno? Não, “A Qualquer Custo” é bem mais que isso! O filme, dirigido por David Mackenzie, é um mosaico do Texas atual, um Texas que parou no tempo e no espaço, um Texas estereotipado mesmo.

Muitos dizem que faltou alma no filme, mas é este o objetivo, mostrar a aridez das pessoas e das paisagens Texanas. Um longa que faz com que o espectador torça pelos bandidos e compadeçam da vida que eles levam. O roteiro questiona quem é o bandido e quem é o mocinho do filme? Os bancos? Os protagonistas? Vejam e tirem as suas conclusões.

A câmera sempre distante, com espaços amplos,dando a noção da alma dos personagens e da paisagem. O roteiro com forte influência de mestres como John Ford, Quentin Tarantino e Sergio Leone. Inclusive a última cena de “A Qualquer Custo” lembra muito a cena final do clássico “Três Homens em Conflito”, dirigido por Leone.

Jeff Bridges( Marcus Hamilton) faz mais uma vez o típico cowboy, mas pela primeira vez ele faz uma interpretação diferente e vigorosa, o que também, pela primeira vez eu reconheço que mereceu a indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.  Ben Foster (Tanner Howard) está também espetacular, mas cadê ele na lista dos indicados da Academia? Mais uma injustiça. Já Chris Pine (Toby Howard) surpreende ao fazer um personagem denso, longe dos papéis românticos que ele tem interpretado.

O filme foi indicado a 4 Oscar: Melhor filme, ator coadjuvante, roteiro original e edição