• Avaliação Viva o Cinema:

O que surgiria de um encontro entre o Rei do Rock e o Presidente dos Estados Unidos? Muitos devem ter se perguntado isso ao ler a sinopse deste “Elvis & Nixon”. Logo no início da projeção, é mostrado um texto dizendo que o encontro realmente ocorreu, mas foi antes de Richard Nixon começar a gravar as conversas que tinha no Salão Oval da Casa Branca. Então o que se vê é um mero exercício criativo do que poderia ter ocorrido.

O texto é cheio de ironias e o roteiro flui bem, sem cansar o espectador, vide que são só 86 minutos.E vejo muitos dos críticos cobrando ousadia. Mas pensem, é melhor fazer algo diferente ou fiel a um acontecimento histórico? Michael Shannon (“O Abrigo”) realmente nada se parece com Elvis Presley fisicamente, mas a interpretação dele está tão espetacular, como sempre, aliás, que é convincente. Aliás, a criação do personagem Elvis para o longa foi perfeita, pois mostra um astro excêntrico, irônico, simples, mas ao mesmo tempo manipulador, que usa a sua fama para conseguir o que quer, sem se importar com a vida pessoal dos seus amigos.

Outro que também faz uma interpretação de aplaudir de pé é Kevin Spacey (“Beleza Americana”), com um Nixon paranoico e desconfiado, o que poderia facilmente cair para a caricatura, mas o astro faz um belíssimo trabalho.

Mais um aspecto que chama a atenção é a fotografia, que tem um tom meio desbotado, meio antiquado, ideal para um filme que se passa nos anos 70. A trilha sonora é ótima, mas faz falta músicas do Elvis Presley, já que o longa fala dele.

Sinopse: Em 21 de dezembro de 1970, teve lugar um dos acontecimentos mais peculiares da história recente dos Estados Unidos. Na ocasião, a Casa Branca recebeu um ilustre visitante, um homem que pediu uma audiência privada – uma reunião que viria a se tornar lendária – com o presidente Richard Nixon (Kevin Spacey): o rei do rock and roll, Elvis Presley (Michael Shannon).