• Avaliação Viva o Cinema:

A história das três primeiras matemáticas negras da NASA poderia render um ótimo filme, mas ficou só na promessa. Não que ele seja ruim, mas também não tem motivo para ser indicado para o Oscar de melhor filme.

O longa começa mostrando por breves minutos a infância de uma delas e depois dá um salto e mostra ela e as amigas já adultas. Neste momento o roteiro tem um grande buraco, pois deixa o espectador sem saber qual o motivo do início do filme.

Depois ele promete explorar o racismo dentro da NASA, de novo fica só na promessa. Tem algumas cenas sim, como o banheiro separado e longe, a garrafa de café separada entre negros e brancos, mas  fica somente nisso. Como se todos os empregados da NASA aceitassem facilmente terem negros na equipe em pleno anos 60, quando o racismo era imenso nos Estados Unidos. E a emoção e a indignação que o tema provoca, ou pelo menos deve provocar nos espectadores, não acontece.

Outro erro do filme, ficar preso demais nas expressões técnicas do mundo da NASA, o que torna o longa burocrático e um pouco cansativo. Mas o filme é muito bem feito, muito bem realizado, com uma produção requintada, porém, tudo isso é perdido nas razões que citei acima.

Octavia Spencer ( Dorothy Vaughan) faz uma interpretação boa, mas não justifica a sua indicação ao Oscar. Já Taraji P. Henson (Katherine) está muito bem e esta sim merecia estar indicada para a estatueta dourada. Mas quem entende os membros da Academia? Mas quero destacar a interpretação de Jim Parsons (Paul Stafford). famoso pelo seriado de comédia “The Big Bang Theory”, que fez um papel dramático com eficiência.

Sinopse oficial: 1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.

O longa foi indicado a 3 Oscar: Filme, atriz coadjuvante (Octavia Spencer) e Roteiro Adaptado