• Avaliação Viva o Cinema:

A primeira cena do filme é espetacular, mostrando ovos de dinossauros sendo chocados e na rachadura de um deles, aparece um olho do animal. Depois o longa entra em uma lenga-lenga meio piegas até. Na segunda metade, vimos a ação para valer, com alguns sustos bem interessantes, mas convenhamos, não dá para comparar com o ótimo original de 1993. Mas a produção emociona pelo tom nostálgico de “Jurassic Park-O Parque dos Dinossauros”, como a mitológica trilha sonora de John Williams, o portão do parque, a camisa de um dos funcionários mostrando a logo do filme da década de 90 e os carros usados no primeiro longa, que aparecem nos últimos 30 minutos. Mas o final decepciona, porém nada que estrague a adrenalina e a emoção vividas nos 122 minutos. Outra boa ideia foi ter ignorado os dois longas anteriores, já que este começa tempos depois do filme de 1993.

Tem algumas cenas desnecessárias, como as pieguices dos dois irmãos e o confronto inicial entre os personagens de Chris Pratt (Owen) e Bryce Dallas Howard (Claire). Já a sacada de colocar um dos irmãos, o Grey, interpretado por Ty Simpkins, como entendido de dinossauros, foi ótima, mas ás vezes o longa parece um pouco didático demais, tentando explicar os diferentes tipos dos animais pré-históricos. A história é igual ao dos outros, uma ilha  recebe milhares de visitantes para ver dinossauros, até que uma experiência genética em uma das espécies ameaça a vida de todos

O elenco está todo muito afiado, com um destaque especial para Bryce Dallas Howard (Claire), que faz a personagem, que poderia soar caricata, com muita competência e soube fazer a transformação da mesma de uma forma muito eficiente. Mas os outros atores também não decepcionam, Chris Pratt (Owen) faz bem o herói, que tenta salvar a todos, mas seu personagem é sim um pouco clichê, mais nada que incomode. Nick Robinson (Zack), Ty Simpkins (Grey), Vincent D’Onofrio (Hoskins) estão bem. Ah, vale destacar e muito a ponta de sempre sensacional Omar Sy (Barry), conhecido do grande público como um dos protagonistas do ótimo “Intocáveis”.

A direção do praticamente estreante Colin Trevorrow também não decepciona, principalmente nas cenas de ação. Sobre os momentos mais “piegas”,com direito a música para tentar forçar uma emoção é uma característica dos trabalhos do excelente Steven Spielberg, produtor executivo deste, mas que valia a pena ele dá uma maneirada.