• Avaliação Viva o Cinema:

O diretor M. Night Shyamalan começou a ser considerado um gênio com o ótimo “O Sexto Sentido”, manteve o ritmo com “Corpo Fechado”, caiu um pouco com “Sinais” e arrebentou com “A Vila”, mas depois acumulou fracassos e filmes ruins, o que acabou com a sua reputação. Mas com “A Visita” voltou a ser o grande diretor que esperávamos. Para começar, o filme, feito em found footage, como “Atividade Paranormal”, foi para ironizar esta moda e mostrar que tudo é pensado para parecer história real, mas na verdade é uma grande enganação, exatamente como foi “A Bruxa de Blair”.Outra brincadeira do longa é mostrar que os avós, que sempre foram retratados na história do cinema como bondosos, nem sempre são assim, mais uma paulada que Shyamalan deu na indústria do cinema. Aliás, o diretor brinca o tempo todo com os longas de terror e os seus próprios trabalhos, fazendo a platéia questionar se os idosos são zumbis, são extraterrestres, ou malucos mesmo. E a garota tem a fobia de se olhar no espelho, colocando ela até o final da projeção em dúvida.

Outra crítica que ele faz ao gênero do terror, que o consagrou, as situações óbvias, mas que mesmo assim, dá grandes sustos no espectador. E a reviravolta, que é comum em suas produções, funciona muito bem aqui, mais um ponto a favor do diretor.

A história gira em torno de um garoto (Ed Oxenbould) e sua irmã (Olivia DeJonge) que decidem visitar os seus avós para conhecê-los, mas os idosos não são tão bonzinhos, como os avós costumam ser. O elenco está todo espetacular, de aplaudir de pé, não dá para falar um que se destacou, mas Ed Oxenbould e Olivia DeJonge fazem duas interpretações marcantes.