Bela Vingança
Em tempos de afirmação feminina, Bela Vingança é uma grande resposta. Ou seja, o filme lava a alma de todas as mulheres que são desrespeitadas diariamente. Já na primeira cena vemos um grupo de homens bebendo em um bar com uma conversa bem machista. Logo depois eles olham uma mulher (Carey Mulligan) supostamente de porre sozinha e aproveitam da situação. E bebendo das fontes de Quentin Tarantino, vemos Cassandra já na rua, com a roupa suja de sangue e ela comendo um sanduíche cheio de ketchup.
Então começamos a ver um filme que mescla com grande competência momentos de ironia, ou seja, no estilo de Tarantino, para o drama pesado de uma mulher traumatizada.
Além disso, nas cenas de vingança de Cassandra, o roteiro cria uma grande expectativa e tensão. Nesse sentido, o público fica ansioso querendo saber o que ela irá aprontar. Será que iremos ver cenas de tortura, como no excelente Menina Má.com?
Mais sobre Bela Vingança
O filme pode até esbarrar em alguns clichês. Por exemplo, a cena em que Cassandra quebra o carro de um homem. Mas nada que comprometa o excelente resultado final.
Entretanto, quero chamar a atenção nas cenas das conversas entre Cassandra e seus pais. Primeiramente na posição das câmeras, que faz com que parece que a personagem esteja passando por um interrogatório. Depois sobre o conflito de gerações. Principalmente no jantar em que Ryan é apresentado à família de Cassandra. A falta de diálogo, a tentativa de tentar se encaixar no antigo “american way of life”.
Carey Mulligan (Cassadra) entrega uma interpretação poderosa e merecia ganhar o Oscar de melhor atriz. Isso se não tivesse uma Frances McDormand (Nomadland). Mas vale lembrar que Mulligan e McDormand são igualmente favoritas. O que escrevi é a opinião deste crítico.
Enfim, o longa foi indicado a 5 Oscar: melhor filme, atriz (Carey Mulligan), direção, roteiro original, edição.
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