Brooklin (Brooklyn,2015)
O filme, baseado no livro homônimo de Colm Tóibín e dirigido pelo então desconhecido John Crowley emociona pela sensibilidade e pela forma simples que mostra a vida da protagonista, Eilis( Saoirse Ronan), mas peca por forçar um pouco os conflitos da personagem, que ocorrem de forma abrupta e tentando causar uma emoção forçada no espectador, o que acaba incomodando. Não que o filme seja ruim, mas poderia ser muito melhor sem estes atropelos e buracos no roteiro, que também tem seus acertos, ao fazer de um longa leve o que poderia ser um melodrama insuportável.
Os diálogos na mesa da pensão da senhora Kehoe (Julie Walters, mais uma vez divina) são os grandes momentos do filme, com um texto cheio de ironia e sagacidade. Outros momentos que encantam e muito é a forma sutil como o roteiro mostra o relacionamento de Eilis com Tom ( Emory Cohen), um amor inocente bem ao estilo da época em que o filme se passa, anos 50. O figurino do longa também está perfeito e nos remete diretamente para o que foi chamada de “época de ouro”.
“Brooklin” conta a história da jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan), que se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.
A atriz Saoirse Ronan, que já havia sido indicada ao Oscar de atriz coadjuvante pela irmã invejosa do ótimo “Desejo e Reparação”, mais uma vez arrasa e merece a sua segunda chance de levar a estatueta, agora como melhor atriz. Julie Walters está, como sempre, perfeita! Mas chama a atenção também o sempre ótimo Jim Broadbent (Padre Flood) e o garoto, que vive o irmão mais novo de Tom, com tiradas engraçadas e pertinentes.
O longa foi indicado a 3 Oscar: Melhor filme, atriz (Saoirse Ronan) e roteiro adaptado.
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