Creed: Nascido Para Lutar (Creed, 2015)
Como fazer o sétimo filme da franquia “Rocky”? Com esta pergunta que nasceu a ideia de fazer um spin-off, ou seja, um derivado da série. Quando foi anunciado, muitos se perguntaram se daria certo, se não era mais um caça-níquel sem qualidade. Mas posso garantir que não é, muito pelo contrário, o longa é ótimo e emocionante.
Agora vamos aos méritos, que são muitos. Primeiro aspecto positivo são os diálogos, que não são bobos e sem sentido, muito pelo contrário, tem profundidade, principalmente nos que ocorrem entre Rocky e Adonis. Outro ponto que merece elogio é a linguagem meio hip-hop dada ao filme, o que diferencia totalmente este dos outros, principalmente do sofrível “Rocky 5”. Esta mudança se deve a primeira vez que um longa da franquia é escrito por outra pessoa, no caso o diretor Ryan Coogler e não por Sylvester Stallone.
O roteiro consegue balancear bem a luta de Adonis (Michael B. Jordan) nos ringues com a luta pessoal de Rocky Balboa (Sylvester Stallone), fazendo um contraste interessante entre um que está subindo na carreira, enquanto o outro sofre dramas pesados. Mas o roteiro tem uma grande falha, pois insere de uma forma abrupta e sem sentido a Bianca (Theresa Thompson), que é a namorada de Adonis, mas fica sem sentido na história. Mania dos filmes de Hollywood de criar romances artificiais em qualquer filme.
Vamos agora a sinopse: Adonis Johnson (Michael B. Jordan) nunca conheceu o pai, Apollo Creed, que faleceu antes de seu nascimento. Ainda assim, a luta está em seu sangue e ele decide entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após muito insistir, Adonis consegue convencer Rocky Balboa (Sylvester Stallone) a ser seu treinador e, enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.
O elenco está todo muito bem. Stallone consegue deixar para trás os filmes truculentos de ação e faz um papel sério, com grande carga dramática e se sai muito bem, merecedor de ser o favorito a ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante. A interpretação de Michael B. Jordan (Adonis Creed) está perfeita, o que evidencia que sim, houve racismo por parte da Academia de não indicá-lo ao Oscar de melhor ator, pois está com uma interpretação mais do que perfeita, se isso fosse possível. O resto faz uma ponta sem tanta importância, mas mesmo assim, quero destacar o trabalho da atriz Phylicia Rashad (Mary Anne Creed), que nos poucos momentos que aparece, arrebenta.
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