Dunkirk (Dunkirk,2017)
Quando Cristopher Nolan surgiu com o excelente Amnésia (2000) e depois com “A Origem” e “Batman-O Cavaleiro das Trevas”, se sabia que o cinema ganhou mais um grande diretor. E isso se confirma com “Dunkirk”, mais uma obra-prima deste mestre do cinema atual.
O grande mérito do longa é não poupar o espectador, que se sente vivendo as mesmas situações dos personagens, seja com o avião de guerra que começa a encher de água, seja com os soldados encurralados em um navio que foi alvejado de tiros e começa também a ficar inundado. O diretor consegue isso graças aos ágeis movimentos de câmera. Outro grande mérito do filme é não ficar explicando todas as situações críticas da guerra, pois as imagens falam por si. Outro acerto foi não querer contar a história dos personagens, pois nem o nome deles o espectador guarda, tamanha a irrelevância disso. O que vale é o assunto do longa: 400 mil soldados ingleses, franceses e belgas estão encurralados em uma cidade do Canal da Mancha, sendo perseguido pelos alemães, que já dominavam boa parte da Europa na Segunda Guerra Mundial. Ou seja, a situação fala por si.
Nolan aproveita o filme para homenagear outros clássicos, como “Nascido Para Matar”, de Stanley Kubrick, “O Resgate do Soldado Ryan”, de Steven Spielberg. Muitos vão ler isso e vão dizer que não aguentam mais filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Confesso que fui também com este raciocínio, mas o que o espectador vê na tela é extremamente inovador e ousado. E muitos longas tem furos no roteiro, mas “Dunkirk” não tem nenhum, poucas vezes se viu um roteiro tão redondo.
Além de todas estas qualidades, contamos ainda interpretações espetaculares de craques como Mark Rylance (“Ponte dos Espiões”), Kenneth Branagh (“Operação Valquíria”), Cillian Murphy (“A Origem”) e Tom Hardy (“Mad Max:Estrada da Fúria”). Difícil destacar uma interpretação em se tratando de mestres na arte de atuar.
Um conselho do seu blog de cinema: veja o filme em uma sala IMAX, se possível for, pois a experiência é totalmente diferente.
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