Entre Mulheres

Antes de mais nada, Entre Mulheres traz discussões profundas sobre machismo e religião. Então, o longa começa com a seguinte frase: “O que segue é um ato de imaginação feminina”. Ou seja, como se todas as reclamações por direitos das mulheres fossem impossíveis de ocorrer.
Mas vale lembrar que por mais absurdo que seja, o filme foi baseado em um livro que conta o fato verídico de uma comunidade na Bolívia.
Além disso, o longa mantém o tempo todo em um suspense, achando que algo poderia dar errado com aquelas mulheres. Estas que só tem três opções: fugir, lutar para tentar mudar ou continuar sendo vítimas de abusos físicos e psicológicos dos maridos.
Mas onde a religião entra neste contexto? Então, as personagens começam a se questionar se isso não estaria ocorrendo por vontade de Deus. E se elas largassem seus lares poderiam ir para o inferno. Com isso, o roteiro aborda outro tema profundo: o fundamentalismo religioso.
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A câmera muitas vezes fechadas nas personagens, faz aumentar ainda mais a tensão. Pois, quando ela abre novamente, o espectador fica receoso do que pode ocorrer.
Além disso, os diálogos deste filme são espetaculares. A coragem das personagens mais idosas versus o certo receio das personagens mais jovens de jogar tudo para o alto e recomeçarem do zero. Asssim como o medo também do julgamento das outras pessoas.
Contudo, vou destacar o elenco do filme. Talvez o melhor do ano de 2022.O entrosamento, a naturalidade de como cada atriz interpreta sua personagem. Causa empatia imediata com o espectador.
Enfim, o longa foi indicado ao Oscar de melhor filme e de melhor roteiro adaptado.
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