O filme “Êxodo – Deuses e Reis”, de Ridley Scott, que estreia esta semana, está sendo acusado de racismo, pois escolheu atores americanos, ingleses e australianos para interpretarem africanos. Segundo a revista “Istoé”,eles passaram por bronzeamento artificial para escurecerem a pele, o que tem irritado setores da sociedade, até foi criada uma petição online para boicote do filme.
Ainda de acordo com o diretor, jamais ele conseguiria captar recursos para filmar o longa somente com atores africanos.Scott comentou a polêmica em uma entrevista ao site Yahoo Movies: “Nós escalamos atores de diferentes etnias para refletir esta diversidade de culturas, como iranianos, espanhóis e árabes. Existem muitas diferentes teorias sobre a etnia do povo egípcio e nós tivemos várias discussões sobre como representar bem esta cultura”, completou.
O ator Joel Edgerton, que faz o papel do faraó Ramsés no longa disse,em uma entrevista ao jornal The Guardian,que compreende a reação e comentou:”Eu entendo e tenho empatia com esta posição”.
O escritor David Dennis Jr, em um artigo na internet afirma: não apenas todos os personagens principais são brancos, mas todos os serviçais, ladrões e assassinos são interpretados por pessoas africanas. Gente, isso é racista. Estão criando uma obra de ‘arte’ que carrega um imaginário opressivo que ajudou a esmagar países em todos os cantos do mundo. Eu estou farto de Hollywood e sua aceitação dessas imagens opressivas”.
Mesmo com toda esta polêmica, o filme já faturou US$ 38,7 milhões nas duas semanas que está em cartaz nos Estados Unidos. O longa estreou na última quinta-feira aqui no Brasil.