Jogador Nº1 (Ready Player One,2018)
Steven Spielberg como antigamente. O novo filme do diretor é mais um para a extensa galeria de longas que podemos chamar de “clássicos da Sessão da Tarde”, sem nenhum demérito nisso, afinal, Spielberg criou um mundo de fantasia que nos encanta, como “E.T”, a franquia “Indiana Jones”, “Jurassic Park”, “Tubarão” e tantos outros.
E o filme faz várias referências aos anos 80 e 90, com as aparições de Chucky (“Brinquedo Assassino”), King Kong, o Tiranossauro Rex (“Jurassic Park”) e com um destaque especial para “O Iluminado”, clássico de Stanley Kubrick, que ganha uma especial homenagem de Spielberg. E se não for demais, ainda tem o carro do “De Volta Para o Futuro”. Até na trilha sonora, recheada de sucessos daquela época, isso fica nítido, até tem música de um dos primeiros “Star Wars”, feito na década de 80. Mas o filme é passado naquela época? Não e isso que deixa mais encantador, pois a história se passa em 2044, ou seja, é futurista.
E aí que está a grande jogada do filme, ele mostra um futuro caótico, pobre, em que todos estão viciados na realidade virtual, mas com músicas nostálgicas. Com isso, o espectador reflete e lembra que naquelas décadas, o mundo era mais tranquilo e o ser-humano mais feliz. Ou seja, as pessoas no futuro terão que se refugiar da desgraça e da pobreza no mundo virtual, segundo a visão do Spielberg.
A corrida pelo prêmio e a história de amor são previsíveis, mas não deixam de encantar. O elenco está bom, mas com destaque ao sempre magistral Mark Rylance ( Anorak / Halliday). Tye Sheridan ( Parzival / Wade), o Cyclope de “X-Men: Apocalypse”, também está muito bem como protagonista.
Sinopse: Num futuro distópico, em 2044, Wade Watts (Tye Sheridan), como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real. Quando o criador do jogo, o excêntrico James Halliday (Mark Rylance) morre, os jogadores devem descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico para conquistar sua fortuna inestimável. Para vencer, porém, Watts terá de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade da qual sempre tentou fugir.
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