Manchester à Beira-Mar (Manchester By The Sea, 2016)

O grande mérito do filme é fugir do melodrama barato e da utilização de música para forçar emoção no espectador, duas modas que infelizmente estão na moda em Hollywood.
O longa é lento sim, mas uma lentidão necessária para o espectador sentir a emoção, a tristeza que estão embutidas no genial roteiro, assim como a frieza do protagonista Lee Chandler (Casey Affleck). Como assim emoção e frieza? Explicando melhor, já que o longa tem vários flashbacks mostrando o porquê do personagem principal ter ficado tão frio e tão triste. Não contarei mais para não dar spoilers.
E com tantos flashbacks, o longa tem outro mérito, pois poderia facilmente cair na armadilha de ser chato e repetitivo, o que definitivamente não é. “Manchester à Beira-Mar” está muito mais para um filme europeu do que americano, já que tem claras influências dos filmes do velho continente.
Casey Affleck faz uma interpretação arrebatadora e na opinião do blog, merece e muito ganhar o Oscar de melhor ator, já que poucas vezes se viu um trabalho tão espetacular como o que o ator faz. Michelle Williams (Randi Chandler) aparece apenas em três cenas, mas arrasa e merece a indicação de melhor atriz coadjuvante. Mas quero destacar o trabalho do até então desconhecido Lucas Hedges (Patrick), que também está perfeito e também merece a indicação a melhor ator coadjuvante, apesar de que tem poucas chances de ganhar. E para os nostálgicos, tem uma participação do Matthew Broderick, o eterno Ferris Bueller, no longa.
O filme foi indicado a 6 Oscar: Filme, diretor, ator, atriz coadjuvante, ator coadjuvante e roteiro original.
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