• Avaliação Viva o Cinema:

Mais uma obra-prima de David Fincher. Mank é o tipo de filme que na primeira cena já conquista o espectador.

O diretor faz sua obra mais  autoral, talvez pelo roteiro ter sido escrito pelo seu pai, Jack Fincher, morto em 2003. Mas na mão de um diretor mais “hollywoodiano” poderia se tornar mais uma cinebiografia comum. E o que vemos na tela é um roteiro espetacular, que contrapõe o homem, no caso Herman Mankiewicz (Gary Oldman) e Hollywood. E isso também é demonstrado nas imagens, do rancho simples em que Hank está para as mansões e boulevares luxuosos de Los Angeles.

Ou seja, Hank discriminado pelas suas ideias socialistas confrontando toda a imponência do capitalismo.  A fotografia em preto e branco de Erik Messerschmidt é impressionante e consegue captar bem tudo isso que o cineasta quis passar para o espectador.

Mank: veja as primeiras impressões da crítica ao filme de Fincher - TecMundo

Mais pontos positivos de Mank

O filme não tem um ponto negativo. Até o elenco tem que ser aplaudido de pé. Gary Oldman faz mais uma interpretação impecável e supera, por incrível que pareça, o seu ótimo desempenho como Churchill em O Destino de Uma Nação e, pelo visto, deverá merecer o Oscar de melhor ator. Amanda Seyfried (Marion Davies) encarna muito bem a atriz da era de ouro de Hollywood e vem forte para o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

O longa foi indicado a 10 Oscar: Melhor filme, diretor, ator, atriz coadjuvante, som, design de produção, trilha sonora, maquiagem e cabelo, figurino e fotografia.

Sinopse: O enredo de Mank segue a história tumultuosa do roteirista Herman J. Mankiewicz da obra-prima icônica de Orson Welles, Cidadão Kane (1941) e sua luta com o autor Orson Welles pelo crédito do script do grandioso longa.