Maria Callas

O filme Maria Callas se passa nos anos 70, quando a famosa cantora de ópera está no ostracismo. O longa inclusive retrata muito bem este conflito fama X ostracismo. Mostrando bem como é ser esquecida depois de ser considerada uma diva nos palcos.O ostracismo dela é tanto que ela vai aos bares para tentar ser adulada pelos fãs.
O diretor Pablo Larraín termina aqui a trilogia, que começou com Jackie (2016) e Spencer (2021).
O longa se passa todo em Paris. Onde Callas decide viver o final de sua vida e mostra a cantora recordando suas memórias, amigos, traumas, amores e voz.
Mas como nos longas anteriores, Larraín decide não fazer uma cinebiografia padrão e sim pegar uma parte da vida de Callas.
A primeira cena do filme já mostra Callas cantando “Ave Maria”, da famosa ópera Otello, de Giuseppe Verdi.

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Este início arrebatador mostra o que o espectador irá ver no restante do filme. Uma trama extremamente melancólica.
Inclusive os tons escuros e desbotados da imagem é um acerto do diretor e retrata bem o espírito de Callas. Um acerto do roteiro é mostrar não a Maria Callas, mas sim a Maria. Um retrato intimista de uma das mais famosas cantoras da história.
Vemos na tela uma personagem em depressão, reclusa em sua mansão, fragilizada, afundada em remédios e com voz fraca. Callas ainda tenta continuar cantando com esperança de recuperar a voz perdida. Inclusive ela vai até um teatro encontrar um pianista para cantar para ela mesma.
Então, a cantora só conta com o apoio dos seus fiéis escudeiros, o mordomo e a governanta, que ainda nutrem uma adoração e um respeito por Maria Callas. Com o vício em remédios, a cantora tem alucinações e o longa brinca com isso, o que é realidade e o que é fantasia.
Contudo o roteiro peca em não retratar com profundidade algumas passagens importantes da vida da cantora, como o relacionamento polêmico com Aristotle Onassis (Haluk Bilginer), que é mostrado de maneira extremamente rasa. Angelina Jolie dá um banho de interpretação.
O filme foi indicado ao Oscar de melhor fotografia.
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