• Avaliação Viva o Cinema:

O roteirista de “Me Chame Pelo Seu Nome”, James Ivory, já havia encantado o mundo e enfrentado o preconceito em “Maurice” e agora faz este filme que é um ode ao amor, uma poesia em forma de longa-metragem.

As paisagens do interior da Itália são parte do filme e dialogam com cada cena, incluindo a casa da família de Elio (Timothée Chalamet) e a cachoeira, tudo tem um porquê neste longa. Outro grande acerto foi ambientar o filme em 1983 e em uma família multicultural e aberta a tudo, ou seja, sem preconceitos, que faz com que a relação entre Elio e seu pai seja também um aspecto que emocionará o espectador.

O espectador vai se envolvendo aos poucos na história, exatamente igual a relação de Elio com Oliver (Armie Hammer). Ou seja, aos poucos vamos descobrindo que não é uma simples amizade ou rixa que envolve os dois e sim o mais puro e singelo amor. Outro acerto é como Elio vai, ao mesmo tempo, desabrochando como um adolescente e se envolvendo com Oliver. O longa pode parecer, para alguns, que demora para engrenar, mas como disse acima, como demora a percepção de Elio em relação a Oliver. O espectador é chamado para acompanhar tudo isso e refletir. Ah, e a última cena é um primor.

Timothée Chalamet(Elio) faz uma interpretação impactante e que merece a indicação ao Oscar de melhor ator. O mesmo não se pode dizer de Armie Hammer (Oliver), que faz um trabalho irregular. O resto do elenco também faz um bom trabalho.

Sinopse: O sensível e único filho da família americana com ascendência italiana e francesa Perlman, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega.

O filme foi indicado a 4 Oscar: melhor filme, ator (Timothée Chalamet), roteiro adaptado e canção original.