Nosferatu

Quando foi divulgado que Robert Eggers iria dirigir a nova versão de Nosferatu, confesso que respirei aliviado. O cineasta, apesar da breve carreira, foi responsável por filmes marcantes como O Farol e A Bruxa, dois excelentes filmes de terror.
O cineasta costuma comentar que pesquisa muito antes de um novo filme. E isso é nítido no longa, não só pela ambientação, mas pela figura do vampiro que é quase sempre uma sombra. E isso torna o vilão enigmático, desde os dentes, passando pela postura corporal, a presença e o tom de voz. Mas isso graças ao brilhante trabalho de Bill Skarsgård de It-A Coisa.
Thomas viaja até a Transilvânia para fazer negócios com o Conde Orlok, mas rapidamente percebe que a visita é uma armadilha e que o Conde é uma criatura mortal. E o cenário todo gótico mostra a maestria de Eggers.

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Logo na primeira cena, o espectador já fica assustado, pois mostra o drama que viverá Ellen (Lily-Rose Depp) para tentar se livrar da obsessão de Nosferatu.
Mas não só nos primeiros minutos que o longa fisga o espectador. Para quem já conhece a obra de Robert Eggers reconhecerá a sua assinatura em todo o cenário, até nos objetos de cena. Com certeza o espectador se lembrará de A Bruxa, de 2015, que lançou o cineasta.
Mas há diferenças com o clássico de 1922. Um dos pontos altos do longa de 2024 é mostrar em detalhes como o Conde Orlok influencia mentalmente Ellen. Aqui vemos uma Ellen mais aflita, assim como os efeitos da obsessão do vampiro causam nela. Lily-Rose Depp, filha de Johnny Depp, entrega um belo trabalho neste longa. A Ellen aqui não é toda inocente, muito pelo contrário, é sombria e carrega um buraco negro dentro de si.
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