O Juiz (The Judge)
O grande problema deste filme é não se definir, ou seja, joga para todos os lados. Ora é um drama familiar,e ao mesmo tempo mostra um homem com câncer e depois vira um filme de tribunal. Isso é evidente na primeira metade do longa, que é um pouco cansativa, mas na segunda parte, vira um bom drama de tribunal que prende o espectador até o veredito.
O filme conta a história de Hank (Robert Downey Jr), um advogado bem sucedido, que mora na metrópole, mas a sua mãe morre e ele tem que voltar para sua cidade natal, que é no interior e reencontra a sua família. Ao mesmo tempo, seu pai (Robert Duvall), um renomado juiz local é acusado de assassinato. O mérito nisso tudo é a ambiguidade do personagem de Downey Jr, pois no início do filme, faz xixi em um colega, depois vai mudando a sua personalidade. Ou seja, no começo o espectador sente raiva, depois pena e isso é o grande atrativo de um roteiro com algumas falhas.
O longa tem belos movimentos de câmera, como quando o personagem de Duvall vai ser interrogado no julgamento e primeiro mostra o seu pé e depois vai subindo. Ou numa das melhores partes do filme, quando Hank resolve andar de bicicleta pela cidade e sente um alívio.
Robert Duvall, que está indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante,tem uma interpretação perfeita, o que não é de se espantar em se tratando deste maravilhoso ator. Robert Downey Jr consegue deixar de lado o “Homem de Ferro” e nas cenas dramáticas emociona, mas quando o seu personagem diz uma fala mais debochada, rapidamente reconhecemos o personagem dos quadrinhos. Mas quem queria mais destacar aqui é o trabalho do Jeremy Strong (Dale Palmer), que faz um homem com problemas mentais e se destaca em grande parte das cenas em que aparece, mesmo contracenando com Duvall e outras estrelas do elenco, que conta com Billy Bob Thornton, Vera Farmiga e outros talentos.
Filme disponível na Itunes Store.
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