• Avaliação Viva o Cinema:

Mais um belo exemplar do cinema argentino, que tem se tornado um dos melhores do mundo. O filme vai se desenrolando aos poucos, mas muitas vezes peca por repetições desnecessárias, mas nada que comprometa a sua eficiência.
A história, baseada em fatos reais, gira em torno de uma família que está viajando da Patagônia para Bariloche e que resolvem ajudar um médico alemão, fazendo a viagem em “comboio” e este mesmo doutor acaba tornando-se o primeiro hóspede da hospedaria da família. Mas o que eles não sabem é que este estranho doutor é na verdade Josef Mengele, um médico nazista que matou milhares de pessoas e fez experimentos humanos na Alemanha no período de Hitler.
O longa poderia virar um thriller, mas a opção acertada da diretora Lúcia Puenzo (XXY), fez com que o filme, que foi baseado no livro escrito pela própria Puenzo, fosse um drama histórico, sem se tornar didático. Outro tema abordado com muita delicadeza é o drama do bullying.
Vale destacar a grande interpretação dos atores Àlex Brendemühl(Mengele), Natalia Oreiro (Eva) e Florencia Bado (Lilith), esta última especialmente dando um show. O filme foi indicado para mostra “Um Certo Olhar” no Festival de Cannes e escolhido pela Argentina para representar o país no Oscar, não chegando entre os 5 finalistas.

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