• Avaliação Viva o Cinema:

O diretor Damien Chazelle mais uma vez entrega uma obra-prima! Depois de Whiplash e La La Land, agora veio O Primeiro Homem. O filme, que conta a trajetória de Neil Armstrong até ser o primeiro homem a pisar na Lua.

Logo após ler a sinopse, você deve estar pensando que verá um filme cheio de clichês e igual a todas as aventuras espaciais que o cinema já retratou. Porém, é um longa diferente, cheio de inovações feito por um cineasta de 33 anos.

A princípio, o filme não carrega no dramalhão e na emoção barata, o que é raro em Hollywood. Os sentimentos são causados pelas imagens e pela sempre perfeita interpretação de Ryan Gosling. Além disso, o roteiro não fica perdendo tempo mostrando a infância de Armstrong. Tampouco o torna herói, muito pelo contrário, já que ele queria fazer a viagem à Lua sem se despedir dos filhos….

Ao mesmo tempo, o filme não nos faz somente assistir, mas participar de toda a ação. Explicando melhor, a câmera sempre bem posicionada, dentro dos foguetes, rodando ,nos faz sentir toda agonia e aflição de um astronauta. Com isso, o longa passa a ser uma grande experiência sensorial, que vale a pena ver na telona. E isso é reforçado pela preferência do uso da luz natural.

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Destaque para o elenco de O Primeiro Homem

Ryan Gosling (Neil Armstrong) arrasa mais uma vez, fazendo uma interpretação contida e ao, mesmo tempo, emocional. Com destaque a cena em que ele se esconde em um quarto e chora sozinho, tirando aquela capa de “machão” que era exigido dos homens nos anos 60. Claire Foy (Janet Armstrong) também está espetacular, mesmo com poucas cenas e pouco diálogo, ela passa toda a emoção no olhar.

E para completar, Chazelle ainda faz uma bela homenagem ao clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço. Principalmente na cena em que a ponta da Lua é vista pelos astronautas. Lembra muito a primeira cena do filme de Stanley Kubrick.

Enfim, é um filme sobre sonhos, sobre desbravamentos, que emociona e encanta.