• Avaliação Viva o Cinema:

Confesso que fui assistir Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, com expectativa nas alturas. Afinal era continuação de um clássico dos anos 80. O original foi um dos primeiros sucessos do diretor Tim Burton. E foi um dos longas que se percebe a assinatura do cineasta, misturando elementos sombrios da fantasia com estética gótica.

Depois Burton ainda fez Batman (1989), com certeza o melhor filme do Homem-Morcego. Depois ainda vieram Edward Mãos de Tesoura (1990), A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), A Noiva-Cadáver (2004), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) e Alice No País das Maravilhas (2010).

Mas a trama aqui demora para desenrolar. Nos primeiros 40 minutos de filme, não sabemos se é um romance adolescente, um filme de terror ou uma comédia. E este início demora muito a passar, cansando o espectador que ainda não se envolveu com a história.

Neste longa vemos a família Deetz voltando para Winter River após uma tragédia. Lydia Deetz (Winona Ryder) já adulta e mãe de Astrid (Jenna Ortega). Mas a jovem faz o que a mãe mais temia. Ao encontrar uma maquete da cidade em um porão, ela reabre o portal para o mundo dos mortos e traz de volta Beetlejuice, para o terror da Lydia.

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Tim Burton usa e abusa dos animatrônicos e dos stop motion para dar a entender que foi feito tudo de maneira artesanal, mais uma vez o cineasta nos levando no mergulho nostálgico do primeiro filme. Não espere inovações ou roteiro mirabolante, esta sequência é, acima de tudo, um passeio nostálgico no longa de 1988.

Michael Keaton faz um retorno triunfante ao encarnar novamente Beetlejuice. Ele conseguiu manter toda a natureza caótica e anárquica criada para o original da década de 80. Jenna Ortega, que faz Astrid Deetz é o elo entre o antigo e o novo, principalmente com a participação de Lydia Deetz (Winona Ryder), ainda traumatizada pela experiência que teve com Beetlejuice.

Enfim, realmente fui com expectativa grande para este filme, pois adoro o original. Mas o que eu vi foi um filme com roteiro confuso, como disse acima, nos primeiros 40 minutos parece uma grande salada. Depois que Beetlejuice começa a aparecer, o longa melhora, para um final interessantíssimo.