A presidente Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, já afirmou a sua decepção com a diversidade entre os indicados deste ano. Na última segunda-feira, ela soltou uma nota em que mostrou toda a sua contrariedade, que se disse “inconsolável e frustrada” e afirmou que a Academia terá de melhorar. “Precisamos fazer mais e melhor e mais rapidamente. Reconhecemos as preocupações de nossa comunidade e também agradeço a todos vocês que me estenderam a mão em nosso esforço para avançarmos juntos”.

Segundo a revista Variety, o plano da Academia é revisar as políticas de recrutamento para diversificar os membros. Outra ideia é voltar a ter 10 indicados a melhor filme, pois segundo alguns argumentos, “Straight Outta Compton – A História Do N.W.A.” estaria entre os indicados se tivessem mais vagas.

Outra medida que está sendo estudada é aumentar o número de indicados para melhor ator e atriz, para não deixar de fora atuações como de  Will Smith em “Um Homem Entre Gigantes” e Idris Elba em “Beast Of No Nation”.

Mas a presidente reconhece que a principal medida seria mudar os membros, que são ainda dominados pela velha guarda: “A Academia está dando passos significativos para alterar a composição de dos votantes. Nos próximos dias e semanas iremos fazer uma revisão da nossa política de recrutamento a fim de proporcionarmos a tão necessária diversidade a partir de 2016”.

A polêmica é alimentada ainda mais pela forma como a votação é feita:  Todo mês de novembro mais de seis mil membros da Academia recebem cédulas para a escolha dos indicados ao Oscar. Estes eleitores selecionam cinco melhores filmes em cada categoria. Como os membros votantes são todos profissionais ativos ou aposentados do setor cinematográfico, podem apenar fazer indicações de acordo com sua própria especialidade. Por exemplo, um escritor não pode indicar filmes para melhor edição de som. Numa segunda etapa, os membros podem escolher os melhores em cada categoria livremente, sem precisar estar preso ao seu ramo de especialidade, o que causa interferência. Vale lembrar que nem todos os votantes assistem aos filmes.

Claro que este tema é polêmico, mas também não podem haver cotas nas artes. Mas também não pode acontecer de um ator não ser indicado por ser negro ou de outra raça ou religião, isso tira sim toda a seriedade da premiação. Mas como saber se teve racismo na Academia, como dizem que foi com a não indicação de Will Smith, que aliás, anunciou que vai boicotar o Oscar? Isso tem que ser sim apurado e a Academia descer do salto e dar mais explicações.