Quatro Irmãos (Four Brothers,2005)
O diretor John Singleton volta a tentar modernizar a blaxploitation, cinema dos anos 70 somente com atores negros e temáticas mais violentas, como fez com a refilmagem de “Shaft”, só que em “Quatro Irmãos”, o diretor preferiu escalar dois brancos e dois negros para protagonizarem, o que poderia soar estranho, mas Singleton consegue explicar isso de maneira convincente no roteiro.
A história gira em torno de uma senhora simpática que adotou 4 pessoas, o filme só os mostra na fase adulta, mas a mãe é morta em um assalto, o que faz com que estes irmãos resolvam investigar e fazer justiça com as próprias mãos. Claro que temos tudo o que um bom filme de ação pede, muitos tiroteios, perseguições alucinantes até na neve, enfim, tudo para agradar aos fãs do gênero. O roteiro também é eficiente ao lançar suspeitas em alguns personagens impensáveis, mas também tem seus furos, como no único momento fraco do longa, quando ocorre o jantar de Ação de Graças, fora isso tudo funciona. Até nos momentos calmos do filme, vemos uma relação de entrosamento entre os irmãos, o que agrada aos mais sensíveis e que não querem só ver tiros.
O elenco também todo funciona, vale destacar a interpretação de Chiwetel Ejiofor (Victor Sweet), ator que nove anos depois estouraria e levaria uma indicação ao Oscar no ótimo “12 Anos de Escravidão”. Mark Wahlberg (Bobby Mercer) também mostra amadurecimento como ator e convence no papel do irmão mais velho. Mas quem merece aplausos são os desconhecidos no mundo do cinema, os atores André Benjamin (Jeremiah Mercer), integrante da banda Outkast, Garrett Hedlund(Jack Mercer) e Tyrese Gibson (Angel Mercer). Quem faz um vexame em matéria de interpretação no filme é a atriz Sofia Vergara (Sofi) e destoa totalmente de um ótimo elenco.
Filme disponível no Netflix.
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