Quo Vadis, Aida?
Quando achávamos que não poderia mais se inovar em filmes de guerra, eis que surge Quo Vadis, Aida? Então, o filme começa com alguns homens olhando para o nada, sem esperanças. Imediatamente depois vemos Aida (Jasna Djuricic) em uma mesa de negociação tentando evitar uma guerra.
O filme retrata o Massacre de Srebrenica, em 1995, quando o exército da Sérvia matou mais de 8 mil muçulmanos bósnios. Mas um dos grandes méritos deste filmaço é não apelar para aquelas cenas que estamos acostumados a ver nas produções de guerra de Hollywood. Aqui o espectador não irá ver ninguém morrendo, sangrando com uma música tocando, forçando a sua emoção. Contudo, neste longa o que não falta é emoção.
Apesar de estar indicado ao Oscar, o filme não poupa nem a ONU. Ou seja, mostra como ela foi omissa e não fez nada para evitar a tragédia.
Mais motivos para os aplausos de Quo Vadis, Aida?
Além disso, outro grande mérito do filme é fazer a tensão crescer aos poucos. Ou seja, preparando o espírito do espectador. Mas um aviso, este filme é para ser visto em um dia que você estiver equilibrado.
Enfim, a interpretação de Jasna Djuricic (Aida) também acompanha esta tensão até o clímax do longa. O espectador sente o desespero dela de uma forma absurda. Provavelmente é a melhor interpretação do ano. E mais uma vez questiono, onde está a Academia que não a indicou para o Oscar de melhor atriz?
E ainda digo mais, este filme é um dos melhores do ano não só pelas qualidades técnicas, mas pela emoção que passa a cada segundo.
Sinopse: O filme é a história de Aida (Jasna Djuricic), uma mulher que trabalha como tradutora para uma equipe de manutenção da paz. Elá está em um acampamento onde seu marido e seus dois filhos estão detidos juntos de milhares de cidadãos bósnios.
O longa foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
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