• Avaliação Viva o Cinema:

O filme do diretor Stephen Hopkins (“Sob Suspeita”) conta a emocionante história de Jesse Owens (Stephan James), um atleta negro que foi recordista mundial nas Olimpíadas de Berlim, durante o período nazista. O longa passa emoção nos momentos das provas de atletismo e com a ótima interpretação de Stephan James, sem apresentar muita novidade, afinal é uma cinebiografia convencional, como tantas outras que já houveram na história do cinema. Mas em um período em que a intolerância e o racismo vem crescendo, este filme nos faz refletir sobre o tema.

O roteiro é o grande problema do longa, já que tenta inserir de forma forçada a personagem  Leni Riefenstahl (Carice van Houten), considerada a “cineasta do Hitler”, que aparece no filme abruptamente, como um filme a parte. Sua participação só ganha algum sentido no final da produção. Outro grande problema é o uso exagerado da música para forçar emoção, o que irrita um pouco o espectador, já que cinema tem que emocionar com a imagem. Além do desperdício de grandes atores como Jeremy Irons e William Hurt em papéis secundários na trama.Não que o longa seja ruim, mas poderia ter sido bem melhor com uma direção mais experiente, visto que Hopkins só havia feito filmes menores, como “A Hora do Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy” e depois se dedicou a comandar alguns episódios das séries “24 Horas” e “Californication”, entre outras.

O elenco faz sim um belo trabalho, Stephan James protagoniza com muita firmeza o filme, conseguindo passar a tensão, angústia e alegria nos momentos decisivos. Jason Sudeikis (Larry Snyder) faz um bom trabalho, mas poderia ter passado mais a emoção que o personagem merecia. Além de todos os outros atores e atrizes que fazem boas interpretações.