• Avaliação Viva o Cinema:

“Tudo o que brilha assim, em ruína acaba”, esta frase dita no início de Sing Sing resume bem Sing Sing. O grupo encena Sonhos de Uma Noite de Verão, mas tem que voltar para a realidade e esta é que todos estão em uma cadeia.

Apesar de ser um filme todo passado em um presídio, a imagem está sempre clara e solar, o que é muito interessante.

Outro momento interessante é quando John Divine e o grupo têm que escolher quem entra no elenco. Ou seja, os excluídos da sociedade escolhendo quem irão excluir. Até que um membro novato do grupo sugere fazerem uma comédia. Tudo para aliviar o drama de estarem presos.

Mais sobre Sing Sing

É lindo de ver como a arte tem o poder de transformar vidas, mesmo das pessoas encarceradas em uma cadeia. Em determinado momento, John Divine diz que as peças são a única maneira deles saírem da cadeia mentalmente. É a fantasia aliviando a realidade.

Em outro lindo momento, John olha uma linda paisagem com olhar esperançoso de que um dia sairá da prisão. Já em outro emocionante momento, o diretor da peça pede para os atores imaginarem o melhor lugar, o momento perfeito. Enquanto isso, a câmera percorre o rosto deles e a interpretação de cada um é muito tocante.

O elenco todo está muito bem e extremamente entrosado. Parece realmente uma equipe. O longa tem um belíssimo roteiro. Com excelentes diálogos que fazem o espectador refletir.

“Estamos aqui para sermos humanos novamente”. Esta é outra frase que diz muito do filme. Afinal, a arte humaniza.

Colman Domingo (John Divine) já havia arrasado na interpretação em Rustin (2023). Agora faz um trabalho sensível, com olhares emocionados e cheios de sonhos. Com certeza merece a indicação ao Oscar de melhor ator. Além de melhor ator, o longa está indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado e canção (Like a Bird)