Steve Jobs (Steve Jobs,2015)

Danny Boyle (“Cova Rasa”, “Transpoiting”, “127 Horas) mais uma vez faz um belo filme, o que já está virando costume na carreira do cineasta. E o mérito está em escapar totalmente do lugar comum das cinebiografias. Primeiro porque ele usa os 3 lançamentos mais marcantes da carreira de Jobs (Macintosh, Next e o Imac) para falar de sua vida e fazendo assim um paralelo interessante. Outro recurso que o diretor utiliza no início do filme e já tinha usado em seu longa anterior, “127 Horas”, é a linguagem de videoclipe, com imagens passando rápidas, o que funciona sempre bem, mas ficou um pouco deslocado em se tratando de uma produção mais lenta. O roteiro de Aaron Sorkin também está muito interessante, repetindo o recurso que já tinha sido usado em “A Rede Social”, o seu longa anterior.
Outro mérito é mostrar sempre os acontecimentos ocorrendo nos bastidores destes lançamentos, sempre nos lugares fechados, fazendo uma analogia de uma maneira verborrágica à mente de Jobs e todos seus conflitos internos. E Boyle não joga confetes na personalidade do gênio da Apple, muito pelo contrário, mostra o seu lado mais frio, egoísta e manipulador e como quem convivia com ele era sempre um satélite de sua conturbada personalidade.
Michael Fassbender (Steve Jobs) faz o melhor trabalho de sua carreira e isso não é pouco em se tratando deste grande ator e faz por merecer a sua indicação ao Oscar. Kate Winslet (Joanna Hoffman) está bem também, mas neste caso não tão bem para receber uma indicação à estatueta dourada. Seth Rogen (Steve Wozniak) consegue deixar a comédia caricatural de lado e faz um trabalho eficiente e passando a dramaticidade em momentos importantes.
Filme foi indicado aos Oscars de melhor ator (Michael Fassbender) e atriz coadjuvante (Kate Winslet).
Que tal receber atualizações no seu Facebook ou Instagram? Siga o Viva o Cinema
Comentários