• Avaliação Viva o Cinema:

Mais um filme sobre um dos mais famosos assassinos da história dos EUA? Não, Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal inova em várias frentes.

Ao contrário de que muitos estão dizendo, o filme não coloca em dúvida em momento algum a culpa de Bundy. Mas nestes tempos em que tudo está tão extremo, alguns interpretaram assim. O que o excelente roteiro de Elizabeth Kloepfer e Michael Werwie propõe é um instigante jogo com o espectador. Bundy ficou conhecido justamente por ser sedutor e fazer com que todos à sua volta acreditassem na sua inocência. E é justamente isso que ocorre com o espectador. Como se o filme perguntasse: “você acreditaria na lábia de Bundy”?

Além disso, Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal faz uma grata mistura de ficção com momentos de documentário, com depoimentos reais das mulheres que assistiram o seu julgamento, por exemplo. O diretor Joe Berlinger faz uma brilhante estreia no cinema mais comercial, mas para quem não sabe, ele já foi indicado ao Oscar de melhor documentário (Paradise Lost 3: Purgatory).

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Outros méritos de Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal

Outro aspecto positivo do filme é o jogo que se faz entre Bundy e sua mulher, que só no final do filme se livra de uma culpa que carregou por anos.

Zac Efron (Ted Bundy) faz uma interpretação perfeita, que nada lembra aquele garoto de comédias banais. Lily Collins (Liz Kendall) também dá conta do recado. O resto do elenco também está perfeito.

Ted Bundy matou, pelo menos, 36 mulheres e o que chamou a atenção do público é que ele era um jovem atraente, de olhos azuis, sedutor e sempre alegre. Nunca foi achado nenhum traço de psicopatia nele, até hoje sendo um mistério para a psiquiatria.