• Avaliação Viva o Cinema:

Antes de mais nada, aviso que Triângulo do Medo não é um filme fácil de entender. Portanto, é necessário observar cada detalhe. Mas aí você me pergunta se é necessário compreender o filme para se divertir? Claro que não. Já que temos aqui é um longa de qualidade.

O filme dirigido e roteirizado pelo já promissor Cristopher Smith subverte as noções de passado e futuro, de morte e vida.

Então, no início do longa parece que estamos diante de mais um filme banal de jovens viajando e que serão vítimas de um assassino. Logo nos primeiros minutos, uma mãe deixa seu filho autista na escola e vai viajar com o namorado e seus amigos em um veleiro. Mas no meio da aventura, uma tempestade vira o barco. Mas eis que surge um navio, do nada, para resgatá-los. Contudo, lá eles são perseguidos por um assassino.

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Mas vendo esta sinopse você irá dizer que é somente mais um slasher. Mas aí que está a grande sacada de Smith. A protagonista, Jess, afirma logo que entra no navio, que já esteve lá antes. Ou seja, o roteiro começa a mostrar que vai começar a nos confundir. Logo depois é relembrado uma história da mitologia grega, ATENÇÃO nesta parte. E assim, pílulas vão sendo soltas durante toda a produção. Ou seja, são peças de um grande quebra-cabeças que o espectador terá que montar. Mas cada um montará do seu jeito. Já que cada um entenderá o filme de uma maneira diferente e aí que está a grande sacada.

Além disso, o diretor Cristopher Smith faz o tempo todo uma homenagem ao clássico O Iluminado . Desde os corredores do navio, que se parecem muito com os do hotel do longa de Kubrick. Até os movimentos de câmera quando os personagens trocam de corredor, são os mesmos feitos por Kubrick nas cenas do garoto no triciclo. Além da lembrança do quarto 248 do clássico, que é relembrado no longa.

Enfim, este filme é uma pequena obra-prima, subestimada, que poucos ainda viram e que merece muito a sua atenção.