Trumbo:Lista Negra (Trumbo,2015)
O filme do diretor Jay Roach (“Austin Powers) é bom e eficiente no seu propósito, contar uma história real e chocante nos bastidores de Hollywood. Mas peca por ser convencional e linear demais, sem um mínimo de ousadia. Vale a pena ver sim, mas pelo aspecto histórico e para ver a excepcional interpretação de Bryan Cranston (Trumbo), que fez e muito por merecer a sua indicação ao Oscar de melhor ator.
Outro aspecto positivo é mostrar um lado negro e nada glamouroso de Hollywood do pós-guerra, evidenciando o quão grave foi a caça às bruxas no mundo do cinema. E como é bom saber que Kirk Douglas (Dean O’Gorman) e Otto Preminger (Christian Berkel) foram contra este absurdo, enquanto John Wayne (David James Elliott) foi o algoz de seus colegas. As cenas do protagonista escrevendo na banheira são sensacionais e são um dos pontos altos do longa.
Para se ter noção da importância de Trumbo no mundo do cinema, ele foi roteirista de filmes como “Spartacus” e “A Princesa e o Plebeu”, ganhou dois Oscar, mas teve que usar codinomes para assinar os seus trabalhos.
Agora vamos a história: O roteirista Dalton Trumbo (Bryan Cranston) tem uma história singular em Hollywood: apesar de ter escrito algumas das histórias de maior sucesso da época, como A Princesa e o Plebeu (1953), ele se recusou a cooperar com o Comitê de Atividades Antiamericanas do congresso e acabou preso e proibido de trabalhar. Mesmo quando saiu da prisão, Trumbo demorou anos para vencer o boicote do governo, sofrendo com uma série de problemas envolvendo familiares e amigos próximos.
O elenco está todo muito bem, mas além de destacar Bryan Cranston, é preciso falar da excepcional interpretação de John Goodman ( Frank King) e do ótimo trabalho da sempre diva Hellen Mirren (Hedda Hopper), que talento tem esta atriz, não tem como elogiar todos os filmes que ela faz.
O filme é bom sim, vale muito a pena ver, mas é um “feijão com arroz”, que às vezes fica até monótono. Mas tenham paciência e fiquem até o final, para não perder, inclusive é essencial ficar até depois dos créditos.
O longa foi indicado ao Oscar de melhor ator para Bryan Cranston.
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