• Avaliação Viva o Cinema:

O filme A Filha do Pai encanta pela sua simplicidade. O longa parece uma linda fábula sobre relacionamento entre um pai solteiro e sua filha.

O longa trata sim de clichês deste estilo filme, como o amadurecimento dos personagens. Muitas vezes, inclusive, a filha parece ser mais madura que seu pai. Etienne (Nahuel Pérez Biscayart) faz tudo para sua filha não sofrer nada, além do afastamento da mãe.

E este relacionamento franco, que fala até sobre a primeira vez da filha, Rosa (Céleste Brunnquell) encanta o espectador.

Aliás, eu ouso dizer que o longa não é um filme de relacionamento, é um lindo poema, que inclusive é citado pelo personagem Youssef, namorado de Rosa.

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O roteiro do filme é bem contado, se desenrola de uma maneira sutil e agradável. Um aspecto positivo do mesmo é que não há enrolação, o roteiro vai logo para o principal da história. E os primeiros minutos serem mudos, mostra toda a emoção dos personages somente com olhares e uma música de fundo.

A iluminação do filme é outro aspecto que merece ser comentado. O longa é quase todo com muita luz, mostrando bem o ânimo e o espírito dos personagens.

O filme tem referências ao clássico Os Incompreendidos, de François Truffaut, na cena da praia, lembra muito o final do longa que conta a história de Antoine Donel. Há também referências a Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock, na cena em que Etienne persegue a mãe de Rosa.

Sinopse oficial: Étienne mal tem 20 anos quando se apaixona por Valérie. Não passa muito tempo até o nascimento da filha dos dois, Rosa. Até que um dia, Valérie sai de casa e nunca mais volta. Ele escolhe não fazer um drama disso e constrói uma vida feliz com a menina. Dezesseis anos depois, quando Rosa começa a seguir sua própria vida, Étienne reconhece a antiga companheira em uma reportagem de TV. O passado ressurge brutalmente, lançando pai e filha em uma derradeira jornada familiar caótica.

Filme assistido no Festival do Rio