• Avaliação Viva o Cinema:

Antes de mais nada, Aftersun, primeiro longa da diretora Charlotte Wells, é um filme sutil. Ou seja, cada cena tem que ser apreciada com muito gosto. Não espere um filme rápido. Muito pelo contrário, aqui tudo é sutil.

O lomga fala das lembranças de Sophie e umas férias que teve com seu pai, Calum (Paul Mescal). E a cineasta acerta ao abrir o filme com imagens de uma filmagem feita durante estas férias. E estas imagens são mostradas ao espectador como vídeo caseiro. Ou seja, mais um acerto da direção.

Além disso, tem uma cena do pai desamarrando o tênis da filha adolescente na cama e depois a cobrindo que mostra bem o que é este filme: Um ode ao amor.

Sophie é filha de pais separados. Então Calum tenta fazer das férias com a filha um momento único. Então tem a proteção para que a garota não sofra. Logo depois o desespero dele e a sensação de solidão ao ver a filha se soltando. E para culminar, o choro desesperador ao perceber que aquelas férias estão acabando e que eles irão se afastar. Mas tudo, claro, através dos olhos de Sophie. Já que o filme fala de suas lembranças.

Crítica Aftersun | Filme emociona com as memórias que antecedem uma  tragédia - Canaltech

Mais sobre Aftersun

Enfim, o filme não é um longa qualquer, é uma simples poesia em imagens, em estrofes, E tudo amarrado, sem em nenhum momento se tornar cansativo ou entediante. O espectador assiste a um longa delicado em que os mínimos detalhes fazem a diferença.

Paul Mescal está um gigante de interpretação na tela. E olha que o personagem dele não é fácil, já que é um homem comum como tantos. Mas o talento do ator está em conseguir transparecer toda a fraqueza e todos os conflitos do personagem.

O longa foi indicado ao Oscar de melhor ator (Paul Mescal). Mas merecia mais indicações, como filme estrangeiro ou até como melhor filme do ano. Além de melhor roteiro original, entre outras. Contudo, quem vai entender os votantes da Academia……..