• Avaliação Viva o Cinema:

Primeiramente é preciso dizer que Close é uma poesia sobre amadurecimento e de descoberta da sexualidade. Poesia porque tudo aqui tem uma razão de ser mostrado e isso que explicarei nesta crítica.

Então logo na primeira cena, os dois amigos, Leo e Remi saem de uma caverna que estavam brincando e começam a correr por um jardim florido e com muita claridade.. Ou seja, sairiam da repressão para uma possível aceitação e liberdade sobre o que eram.

Do mesmo modo, em outro momento, uma amiga pergunta se eles são casal e Leo responde assustado que não.

Oscar-Nominated 'Close' Powerfully Depicts the Pressures Queer Kids Face

Mais sobre Close

Leo representa o desejo desesperado de ser aceito em uma sociedade “padrão”. Enquanto isso, Remi não tem vergonha do relacionamento ente eles. Mas isso faz com que em um momento do filme, Leo rompa a relação. Logo depois mostra o jardim que correram na primeira cena todo seco e uma fotografia bem escura. Isso mostra o domínio do diretor Lukas Dhont sobre a linguagem cinematográfica.

Outro aspecto que o longa aborda com muita sensibilidade é como a sociedade rotula os outros. Como o ser diferente do “padrão” causa o desdém e isso pode levar a consequências trágicas.

Mas Close é um filme lento, que como tudo que é gostoso, precisa ser degustado e causando reflexões aos poucos.

Enfim, Close ganhou o Grande Prêmio do Júri em Cannes 2022 e está indicado ao Oscar de melhor filme internacional. E digo desde já, minha torcida é que ele leve a estatueta dourada para casa.