• Avaliação Viva o Cinema:

Primeiramente, depois dos ótimos 1917 e Skyfall, a expectativa sobre Império da Luz, de Sam Mendes, era grande. Mas o que se vê na telona é um grande imbróglio de temas. O filme fala sobre racismo, isolamento social, saúde mental, amizade, romance e amor pelo cinema. Contudo nenhum deles é tratado com a profundidade merecida Ou seja, é um filme raso. Por exemplo, após assistir a uma cena de espancamento contra um personagem negro, Stephen (Michael Ward), a protagonista Hilary (Olivia Colman) decide entrar no cinema para esquecer o ocorrido. Ou seja, Mendes afirma nesta passagem que o cinema é fruto de alienação.  Mas cinema é fruto de encantamento e de reflexão a temas sociais e políticos também.

Além disso, os personagens são apresentados tão abruptamente que não consegue criar empatia com o espectador. Nem mesmo a protagonista desperta este sentimento. Até o romance entre Hilary e Stephen ocorre de uma maneira absurda, sem nenhum motivo, de forma repentina, não convencendo o espectador.

 

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Contudo preciso também dstacar algumas qualidades do filme. Para começar, a belíssima fotografia. Mendes acerta ao colocar um tom de tela parecido com o de um projetor antigo. Afinal, o filme é passado em 1981, época da depresão econômica britânica. Mas Mendes mais uma vez peca por não tratar o tema no seu longa, já que o filme é todo passado no interior da Inglaterra.

E não tem como não falar da interpretação de Olivia Colman (Hilary). Que atriz espetacular, ela fala com os olhos. Ela passa todo o sentimento da personagm apenas com seus olhares. E que versatilidade. Nem parece a mesma atriz que fez a rainha louca em A Favorita.

Enfim, Império da Luz foi indicado ao Oscar de melhor fotografia.