• Avaliação Viva o Cinema:

Muitos tem boicotado Jojo Rabbit por achar que o filme faz piada do nazismo. Quem interpretou assim, não entendeu a proposta. O longa mostra, como poucos na história do cinema, como uma ideologia pode cegar e alienar uma inocente criança.

Um longa que mostra um Hitler caricatural como amigo imaginário de um garoto de 10 anos é exatamente criticar o regime nazista no seu nascedouro, que é a manipulação e lavagem cerebral. O diretor Taika Waititi faz tudo isso com uma leveza. Um filme que, ás vezes, toca o coração do espectador com um sentimento de piedade daquele garoto inocente, sendo usado e achincalhado pelos chefes do exército nazista.

Porém, o filme peca pela previsibilidade, um roteiro um pouco linear demais, com uma reviravolta somente nos últimos minutos. Mas nada que atinja a beleza e ironia de Jojo Rabbit. O diretor contou também com um elenco de estrelas, como Scarlett Johansson (Rosie Betzler), Sam Rockwell (Capitão Klenzendorf), Alfie Allen (Finkel), Rebel Wilson (Fraulein Rahm), Stephen Merchant (Capitão Deertz). Além disso, soube dividir a participação de todos no longa. Construindo bem as relações entre os personagens. Falando no elenco, impressiona o belo trabalho do garoto Roman Griffin Davis (Jojo Rabbit), mostrando que tem uma carreira promissora.

 

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Outras qualidades de Jojo Rabbit

Vale destacar também, que o roteiro soube nos 40 minutos finais, quando 0 filme dá uma virada para um drama mais pesado, dá uma verossimilhança. Com isso, encaixa tudo corretamente em um roteiro correto.

Sinopse:

Jojo é um garoto alemão solitário que descobre que sua mãe está escondendo uma garota judia no sótão. Ajudado apenas por seu amigo imaginário, Adolf Hitler, Jojo deve enfrentar seu nacionalismo cego enquanto a Segunda Guerra Mundial prossegue.

O filme foi indicado a 6 Oscar: Melhor filme, atriz coadjuvante (Scarlett Johansson), roteiro adaptado, figurino, design de produção e edição.