• Avaliação Viva o Cinema:

O diretor David O. Russel (“O Lado Bom da Vida”) mais uma vez embarca no drama de uma família problemática. Mas “Joy” com certeza é um dos seus filmes mais fracos, não que seja ruim, mas é um longa da sessão da tarde com grife e atores famosos.

O longa conta a história real de Joy Mangano, que foi responsável por uma série de invenções, como o esfregão mais prático do mundo. Mas ao contrário de outras produções biográficas, esta não conseguiu fugir do “arroz com feijão” e conta com uma narrativa linear demais, ás vezes até chata. O mérito do diretor foi colocar a trilha sonora com letras que retratam e complementam a história, dando um algo a mais na mesmice. Claro que merece aplausos as influências de grandes mestres no filme, como Frank Capra, mostrando um lado crítico do capitalismo e Martin Scorcese com seus movimentos de câmera.

Jennifer Lawrence (Joy) faz mais uma bela interpretação, como sempre aliás, mas o destaque fica para Virginia Madsen (Terry), com um trabalho digno de ser aplaudido. Isabela Rosselini e Diane Ladd, duas grandes atrizes sumidas, também fazem bem as suas personagens. Robert De Niro, como sempre, está ótimo, mas o seu personagem é raso demais e fica meio que em segundo plano no filme, mas é sempre ótimo ver ele trabalhando. Bradley Cooper faz um papel pequeno, mas tamém é eficiente na interpretação.

Vale a pena sim assistir “Joy”, mas se você espera uma trama com reviravoltas, vai se decepcionar.

Filme foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz (Jennifer Lawrence)