• Avaliação Viva o Cinema:

Antes de mais nada, vale lembrar que o genial Stanley Kubrick tentou fazer um Napoleão e morreu sem conseguir. Então ficou para Ridley Scott, um ótimo diretor. Contudo tem decepcionado nos últimos trabalhos. E Napoleão é mais um para entrar na lista dos filmes decepcionantes do cineasta.

Scott prometeu uma versão de 4 horas para a Apple TV+. Vamos aguardar para assistir a versão integral, porque a versão de 2 horas e 40 minutos deixa muito a desejar. Na primeira meia hora do longa,parece que estamos assistindo um compilado de esquetes.Maria Antonieta é guilhotinada sem motivo explicado no longa. Napoleão pula de um general para presidente sem um motivo plausível. Conhce Josephine e no minuto seguinte está casado. O roteiro parece um queijo suiço pela quantidade de buracos que tem.

Além disso, a ascensão e queda de Napoleão são tratadas de forma superficial. Assim como a questão política na Europa, que é citada somente em um mapa.

Em épicos baseados em fatos reais vimos geralmente um personagem forte e inalcançavel. No longa de Scott somos apresentados a um personagem frágil e falho. Que entre batalhas e estratégias brilhantes contra a Rússia e Inglaterra, viu na sua esposa um turbilhão de sentimentos, uma relação de amor e ódio.

Mais sobre Napoleão

O longa tem despertado a crítica dos historiadoes. Então o diretor Ridley Scott utiliza um negacionismo ao criar a sua versão do controverso personagem. Disse o cineasta: “os historiadores não estavam do lado de Napoleão para dizer o que é certo ou errado”. Jogando no lixo anos de pesquisas.

E as inconsistências históricas são muitas. O general não estava na Praça da Concórdia no momento em que Maria Antonieta foi decapitada e sim fazendo o cerco a Toulon. Outra grotesca mentira do longa é quando trata da batalha no Egito. O filme mostra que Napoleão atingiu o pico de uma pirâmide. De acordo com os historiadores,isso nunca ocorreu. Até um dos historiadores que deram consulta para o Scott alertou sobre isso. “Eu disse ao Ridley: ‘sério? Atirar no topo das pirâmides?’, e ele respondeu: ‘Bem, você riu, não é mesmo’”, disse o professor Michael Broers.

Contudo vale elogiar os trabalhos de Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby (Josèphine) .As batalhas são mostradas pelo lado dramático até um pouco superficiais. Apesar de serem empolgantes.

Phoenix mais uma vez consegue fazer um trabalho digno de aplausos. Logo no início vemos como o ator nos apresenta um personagem, que apesar de ser um general, era oprimido e frágil emocionalmente.

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