• Avaliação Viva o Cinema:

O filme O Homem que Vendeu Sua Pele é claramente dividido em duas partes. Em primeiro lugar, vemos uma homenagem à arte. Principalmente mostrando que ela não está morta nestes tempos de guerras.

Mas também mostra conflitos do homem que deixou tatuar suas costas para ganhar dinheiro com a cultura rígida da Síria. E o roteiro trata isso de uma forma bem interessante.

Além disso, a direção tem um cuidado especial com os movimentos de câmera. Por exemplo, quando Sam estava tendo uma conversa difícil com a namorada via celular, a câmera mostrava uma estátua com a mão no coração. Como já disse em outras críticas, as imagens em um filme falam por si.

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E a segunda parte de O Homem que Vendeu Sua Pele?

Então, na segundo trecho do longa, mostra uma Europa exageradamente feliz, contrastando com o sofrimento terrível do povo sírio.

Além disso, critica também a maneira como os europeus tratam os refugiados. Sam é visto como uma peça, um objeto. Ou seja, sem nenhuma empatia pelas suas dores ou sofrimentos.

Entretanto, com isso o filme também faz uma crítica ao capitalismo como um todo.

O longa também não deixa de mostrar toda repressão da ditadura síria e o horror de suas prisões. O roteiro do filme consegue tratar destes temas todos em menos de 2 horas. Mas sem ficar embolado, já que flui bem. Sem ficar cansativo, pois não fica querendo explicar. Deixa as imagens e os diálogos mostrarem o que está ocorrendo. Enfim, é um filme que vale muito a pena ser visto r não é à toa que está indicado ao Oscar.

Sobre o elenco, Yahya Mahayni (Sam) carrega o filme nas costas e entrega um ótimo trabalho. Transmitindo toda dor, sofrimento e até ironia com seus olhares.

O longa está indicado ao Oscar de Melhor filme estrangeiro.

Sinopse: O Homem que Vendeu sua Pele é a história de Sam Ali (Yahya Mahayni), um jovem e impulsivo sírio que deixou seu país, pelo Líbano, para escapar da guerra. Almejando viajar para a Europa e viver com o amor de sua vida, ele aceita ter suas costas tatuadas por um dos artistas contemporâneos mais cultuados do mundo, transformando seu próprio corpo em uma linda e prestigiosa obra de arte.