• Avaliação Viva o Cinema:

Logo nos créditos iniciais de O Som do Silêncio, já ouvimos um barulho estranho, como se nós estivéssemos perdendo a audição. Então o espectador é levado para a barulheira de um show de heavy metal.  Descrevi estes primeiros minutos só para entenderem o que é este filme.

Imediatamente começamos a ver o drama de Ruben (Riz Ahmed), um bateirista, que fica surdo. Nesse sentido, o roteiro de Darius Marder trabalha com extrema sensibilidade. O conflito de um bateirista de heavy metal que fica surdo, um grande dilema. Ao mesmo tempo, o roteiro também tem um grande mérito de não cair no melodrama. O que não é fácil em temas como este.

O filme nos leva a uma importante reflexão. Será que ficar surdo é o fim do mundo como muitos pensam? Então Ruben é levado para uma comunidade somente para deficientes auditivos comandada por Joe (Paul Raci). Neste local, não se pode ter contato com nada do mundo exterior. Então lá Ruben vai descobrindo amigos e pessoas que passam pelo mesmo problema que ele.

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Além disso, outro mérito do diretor Darius Marder é mostrar cada barulho através do excelente trabalho de mixagem e edição de som. Quando Ruben perde a audição, nós perdemos junto. Enfim, o espectador é jogado para dentro do problema do protagonista.

Riz Ahmed (Ruben) faz uma das melhores interpretações do ano e merece e muito a indicação ao Oscar de melhor ator. Assim como Paul Raci (Joe), que também faz um trabalho extremamente sensível e merece estar na competição pela estatueta de melhor ator coadjuvante.

Sinopse oficial: Em Sound of Metal, um jovem bateirista teme por seu futuro quando percebe que está gradualmente ficando surdo. Duas paixões estão em jogo: a música e sua namorada, que é integrante da mesma banda de heavy metal que o rapaz. Essa mudança drástica acarreta em muita tensão e angústia na vida do bateirista, atormentado lentamente pelo silêncio.

Finalmente, o longa foi indicado a 6 Oscar: melhor filme, ator (Riz Ahmed), ator coadjuvante (Paul Raci), som, roteiro original e edição.