• Avaliação Viva o Cinema:

O filme Oppenheimer só veio confirmar o que todos sabiam, a genialidade de Christopher Nolan (Dunkirk). De acordo a uma entrevista que o cineasta deu ao Adoro Cinema, este é um “filme sobre consequências”. Então, isso está em todos os momentos do longa.

A lente do cineasta nos coloca literalmente dentro da mente de Oppenheimer e toda a sua genialidade. Mas que teve a consequência mais terrível da história, no caso as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

Quando disse que nos coloca na mente do cientista, é porque o roteiro traz todos os questionamentos sobre a polêmica invenção. O próprio Oppenheimer fala em um determinado momento que “tem sangue em suas mãos”.

Além disso, o filme nos traz todo o dilema ético do cientista. Ele queria a bomba atômica para evitar futuros conflitos. Mas rapidamente se transforma em um instrumento da guerra política. E a possibilidade de outra bomba atômica estourar aterroriza a humanidade até hoje.

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Realmente a cena da bomba explodindo é uma experiencia visual das melhores do cinema atualmente. Então veja este longa em uma sala de cinema com IMAX.

Outro aspecto interessante do filme são as passagens de tempo. As cenas coloridas mostrava toda a perspectiva e idealismo do cientista. A parte em preto e branco tem um ar mais documental.

Mas é importante frisar que, apesar de ser uma cinebiografia, em nenhum momento este filme cansa. São 3 horas de projeção que, graças ao talento de Nolan, passam rápido.

Enfim, Cillian Murphy (Oppenheimer) faz um trabalho esplêndido e sinto cheiro de indicação ao Oscar. O mesmo eu posso dizer de Robert Downey Jr (Lewis Strauss), que encarna com perfeição maior rival do cientista.