• Avaliação Viva o Cinema:

Muitos que leram a sinopse deste filme  devem achar que se trata de mais um filme de tribunal. Mas não é, Os 7 de Chicago é muito mais do que isso e é o que pretendo mostrar nesta crítica.

O roteiro do filme consegue nos tornar íntimos de cada um dos 7 réus do histórico e real julgamento. Conhecemos logo no início do longa Abbie Hoffman, Jerry Rubin, David Dellinger, Tom Hayden, Rennie Davis, John Froines e Lee Weiner.  Ou seja, o roteiro não perde tempo com enrolações sem sentido.

Então, com as apresentações feitas, Aaron Sorkin começa a desenvolver um brilhante roteiro. O filme mostra logo uma cisão no grupo. De um lado temos a ala mais radical formada por Abbie Hoffman (Sasha Baron Cohen) e Jerry Rubin (Jeremy Strong) e de outro temos  Tom Hayden (Eddie Redmayne) e Rennie Davis (Alex Sharp), mais moderados. No meio deste jogo de xadrez entra William Kunstler (Mark Rylance), o advogado que tenta equilibrar as peças.

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Outras qualidades de Os 7 de Chicago

A história do filme se passa durante a Guerra do Vietnã e após os assassinatos de Robert Kennedy e Luther King. Ou seja, uma época de grande comoção social.

E a câmera sempre aberta, com poucos zooms, mostrando sempre as reações em volta. E, claro, sempre documental, só observando os fatos.

Sacha Baron Cohen (Abbie Hoffman) faz uma grande interpretação e merece sua indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Ainda mais porque ele consegue apagar totalmente Borat da sua mente. Mas não posso deixar de comentar a interpretação de Frank Langella (Juiz Julius Hoffman). Igualmente espetacular, o seu trabalho como juiz desonesto chega a dar raiva ao espectador. O longa ainda conta com belas atuações de Michael Keaton,  Joseph Gordon-Levitt e Eddie Redmayne.

O longa foi indicado a 6 Oscar: Filme, ator coadjuvante (Sacha Baron Cohen), roteiro original, edição, fotografia e canção original (Hear My Voice)

Enfim, vamos a sinopse:

Baseado em uma história real, o longa Os 7 de Chicago acompanha a manifestação contra a guerra do Vietnã que interrompeu o congresso do partido Democrata em 1968. Ocorreram diversos confrontos entre a polícia e os participantes. No total, dezesseis pessoas foram indiciadas pelo ato.