• Avaliação Viva o Cinema:

Primeiramente , é preciso dizer que o filme Tár é todo carregado nas costas pela grande Cate Blanchett, por isso o franco favoritismo ao Oscar de melhor atriz. Mas o longa é por vezes cansativo e arrastado.

Mas a proposta do roteiro é boa. Contudo o mesmo não se pode dizer do seu desenrolar, que por vezes é abrupto. Como o filme é todo centrado na personagem de Blanchet, os outros não criam identificação com o espectador.

Além disso, o filme é longo demais, sem necessidade. Detalha muito os concertos e o que ocorre antes dos mesmos. Entretanto, os diálogos são interessantes, cheio de ironias. Principalmente em como a fofoca na mídia faz uma pessoa chegar ao estrelato e rapidamnte descer para o ostracismo. Não faltam críticas à imprensa e a questão do linchamento público sem provas.

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Além de tudo que foi dito acima, na parte final do filme tudo ocorre de forma abrupta. Se no início tudo é detalhado, quando não precisava ser, no final parece que o roteiro quer dar uma solução rápida para os acontecimentos. Ou seja, em seus quase 160 minutos de filme, há momentos de brilhantismo, como há também os entediantes. O roteiro por vezes parece querer nos obrigar a assistir um concerto de música clássica, quando estas passagens poderiam sim ser cortadas pela metade.

Cate Blanchett está impecável no filme, aliás como sempre. É a grande barbada do Oscar deste ano. Ninguém irá conseguir lhe tirar a estatueta de melhor atriz.

Enfim, além do Oscar de melhor atriz, o lnga foi indicado em outras 5 categorias: melhor filme, direção, roteiro original, fotografia e edição.